UX é apenas para aplicativos?
Já faz um tempo que tenho lido sobre UX Writing. Tem muita gente bacana publicando sobre o assunto no Linkedin, Medium e fazendo meetups no Youtube.
Também fiz um curso na Aldeia.cc, que me trouxe um ótimo panorama de como é o dia a dia de um profissional da área.
Muitas das funções de um UX Writer são novas para mim, mas outras eu já aplicava intuitivamente (ou tentava rs) nos meus trabalhos como revisora e redatora.
UX nada mais é que a experiência do usuário. Então por que não levar em conta a preocupação com o usuário/cliente em outros tipos de comunicação?
No marketing, a questão da venda é o ponto chave. Por isto, é comum receber briefings das empresas com pedidos para apresentar detalhadamente o que um serviço inclui em uma peça de e-mail marketing, explicar todas as características técnicas de um produto em um post de Instagram ou descrever todas as vantagens de um pacote de serviço em um rodapé de jornal.
É neste momento que imaginam layouts carregados (para o desespero do designer), cheios de textos, fotos, preços, cores, tudo junto e misturado. Quem nunca recebeu um pedido para incluir uma informação naquele único respiro que sobrou na arte?
Mas antes que estes layouts virem realidade, acontece o show da argumentação: “Empresa, você acha que o cliente vai parar pra ler este texto enorme em um e-mail marketing, que provavelmente ele vai abrir em um smartphone?”; “Será que neste caso um bom copy com o preço do produto e um CTA que leve para uma página com mais detalhes funcione melhor?”; “Será que uma arte mais limpa para o Instagram não chame mais a atenção do cliente?”
Às vezes o show dá certo. Mas outras vezes não.
Eu sou do time que menos é mais. Acredito que é possível comunicar de uma forma precisa, mostrando o benefício do produto sem jogar milhares de dados pro leitor, e tornando o conjunto texto + design interessante para que o cliente chegue ao objetivo final, que é comprar.
Por isso, os redatores e revisores precisam pensar mais como os UX Writers, mudando a forma de escrever e a postura em relação aos pedidos que recebem das empresas, tentando educá-las para uma cultura de comunicação mais ágil e direta para o cliente/usuário.
Afinal, esta é uma obrigatoriedade no meio digital atual.
